A Bentley apresentou o seu novo topo de gama no Pebble Beach Concours d’Elegance em Monterey, na Califórnia.
O Arnage dará assim lugar ao Mulsanne, nome de uma famosa curva do circuito de Le Mans, bandeira de competição do construtor “Britânico” que conta com seis vitórias na mítica corrida de 24 horas no seu palmarés.
O Arnage dará assim lugar ao Mulsanne, nome de uma famosa curva do circuito de Le Mans, bandeira de competição do construtor “Britânico” que conta com seis vitórias na mítica corrida de 24 horas no seu palmarés.
Segundo a marca o Mulsanne representa o primeiro Bentley desenhado, desenvolvido e construído a partir do zero exclusivamente pelos seus engenheiros, o que já não acontecia desde 1930 com o famoso “8 Litre”, que foi também a grande fonte inspiradora deste novo modelo. Tem assim como base uma plataforma única e exclusiva que não é derivada ou partilhada com nenhum outro modelo Bentley ou do grupo VW ao qual pertence, com produção na nova e ultra moderna fábrica de Crewe, na Inglaterra.
Na sua apresentação o CEO Dr. Franz-Josef Paefgen disse “O desafio que definimos aos nossos engenheiros foi criar um novo Bentley que se posicionasse no topo da motorização de luxo Britânica, oferecendo a experiência de condução mais exclusiva do mundo. Eles responderam a este desafio com verdadeira paixão e o resultado é um luxuoso “gran turismo” que estabelece novos padrões de conforto, performance sem esforço e refinamento artesão. ”
As especificações do motor só serão divulgadas em Frankfurt, mas o Motor Machines sabe que virá equipado com uma versão modificada do série L do Arnage, um V8 de 6.75 Litros bi-turbo que terá componentes mais leves, novo sistema de injecção e desactivação de cilindros para uma redução de consumos e emissões poluentes em cerca de 20% e será também compatível com o bio-etanol E85.
Questão será agora saber se o objectivo de Paefgen será ou não atingido.
Confessamos que este não será o tipo de veículo mais apreciado pelos críticos do Motor Machines… demasiado peso, muita opulência, um carro para ser conduzido e não para se conduzir…
Confessamos que este não será o tipo de veículo mais apreciado pelos críticos do Motor Machines… demasiado peso, muita opulência, um carro para ser conduzido e não para se conduzir…
Mas lembro-me perfeitamente em 1999 no Algarve ver pela primeira vez um acabadinho de lançar BMW M5 de matrícula alemã com os seus monstruosos 400cv e as gloriosas quatro saídas de escape a melodiar a minha manhã, hipnotizando-me para fora do meu caminho original quando de repente… vejo um Bentley Arnage Red Label… castanho!!!!... estacionado… de matrícula portuguesa…
Tive que parar… confesso.
Um carro deste calibre está realmente num mundo à parte.
Emana um charme, elegância e exclusividade que nenhum BMW Série 7 ou Mercedes Classe S, por muito equipamento, motor… o que seja… ousa sequer atingir.
Tive que parar… confesso.
Um carro deste calibre está realmente num mundo à parte.
Emana um charme, elegância e exclusividade que nenhum BMW Série 7 ou Mercedes Classe S, por muito equipamento, motor… o que seja… ousa sequer atingir.
Mas a Bentley tem um grande problema… a Rolls Royce.
Em 1931 a Rolls Royce comprou a Bentley e ao longo dos anos a colagem das duas marcas foi-se acentuando, com a Bentley a ter modelos mais baratos mas também mais virados para a performance, mantendo-se a elite de refinamento com a Rolls.
Em 1931 a Rolls Royce comprou a Bentley e ao longo dos anos a colagem das duas marcas foi-se acentuando, com a Bentley a ter modelos mais baratos mas também mais virados para a performance, mantendo-se a elite de refinamento com a Rolls.
Com a separação das duas marcas em 1998 a VW relançou a marca e a revolução surgiu em 2003 com o fantástico Continental GT. Um coupé da alta performance e design moderno que passado dois anos “cresceu” para um formato de quatro portas, nascendo em 2005 a berlina mais perfomante do mercado, o Continental Flying Spur.
Ao voltar-se para o segmento acima do Flying Spur a Bentley volta a pisar o reinado da Rolls Royce com um modelo que surpreendentemente se cola de novo aos modelos desta marca, nomeadamente o Phantom.
O que é uma desilusão.
Perdeu-se uma oportunidade de ouro de revolucionar também neste segmento, como a Jaguar fez recentemente com o novo XJ, mas em vez disso nasceu um modelo com falta de personalidade.
Dá a sensação… para quê comprar o Mulsanne quando se pode comprar “the real thing”…
Quando comparados… de repente parece que o Bentley embrutece.
Para se apreciar a diferença de abordagem entre as duas marcas apresentamos o novo Rolls Royce Ghost.
Perdeu-se uma oportunidade de ouro de revolucionar também neste segmento, como a Jaguar fez recentemente com o novo XJ, mas em vez disso nasceu um modelo com falta de personalidade.
Dá a sensação… para quê comprar o Mulsanne quando se pode comprar “the real thing”…
Quando comparados… de repente parece que o Bentley embrutece.
Para se apreciar a diferença de abordagem entre as duas marcas apresentamos o novo Rolls Royce Ghost.
Esse sim lançado para combater a Bentley, com o novo V12 de 6.6 litros turbo com 570cv às 5250rpm e um binário de 780Nm logo a partir das 1500rpm. Com uma caixa de velocidades da ZF de oito relações conseguirá acelerar dos 0 aos 100km/h em apenas 4,9 segundos e terá uma velocidade máxima limitada aos 250km/h.
Tudo isto com um refinamento e exclusividade impares… é um Rolls Royce.
Tudo isto com um refinamento e exclusividade impares… é um Rolls Royce.
Digamos o seguinte…
Olhamos para o Mulsanne e pensamos… parece um Rolls!!
Haverá pior insulto do que este para a Bentley?
Pior… pior… só mesmo a traseira do Mulsanne.
Olhamos para o Mulsanne e pensamos… parece um Rolls!!
Haverá pior insulto do que este para a Bentley?
Pior… pior… só mesmo a traseira do Mulsanne.
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