Mindset E-Motion já na estrada



No dia 1 de Dezembro demos a conhecer o Mindset E-Motion, um veículo eléctrico de origem Suiça, mas que na altura ainda se encontrava em projecto, com o protótipo em testes ainda sem carroçaria pronta, por isso duvidávamos que as pretensões da marca de ter o modelo final disponível para venda já em 2009 fossem realistas.
Não é que estamos em Janeiro e já foi descoberto um na rua!!
Aqui estão as imagens.
Quem quiser recordar as características deste modelo, basta carregar em “Mindset” no arquivo “Machines” à vossa direita.

Porsche 911 GT3

A Porsche revelou as características do novo GT3 da segunda geração do 997.
Os “GT” são tidos como os 911 que mais prazer de condução proporcionam, são sinónimo de extremos... extrema potência, extrema dureza, extrema leveza, enfim... extrema eficácia. O expoente máximo da potência é o GT2 com 530cv, mas tem dois turbos. Falta-lhe... a extrema pureza da potência. É aí que entra o GT3 com o seu boxer normalmente aspirado, o novo seis cilindros debita agora 435cv nas rodas posteriores, mais 20cv que o anterior, devido ao aumento da capacidade do motor em 200cc, agora com 3.8 litros.

Para além do aumento de potência, a Porsche revela que o motor viu melhorada a sua resposta nos médios regimes, resultando em performances bastante interessantes, como atestam os 4,1 segundos dos 0 aos 100km/h ou os 160km/h exactamente 4,1 segundos depois e a velocidade máxima de 312km/h.

Mas o melhor do GT3 não é a potência, são os settings de tudo o resto onde o 911 é mestre. O PSM (Porsche Stability Management) vem agora com a opção de desactivar separadamente o Controlo de Estabilidade e o Controlo de Tracção, nunca entrando em acção mesmo nas condições mais extremas. Só se forem reactivados manualmente.

A suspensão activa PASM permite aos engenheiros da marca equiparem o bólide com molas e barras estabilizadoras mais duras, mantendo um compromisso ainda assim bastante aceitável em matéria de conforto no modo “normal”, mas melhorando ainda mais o comportamento no modo “sports mode”. O que dizer dos lendários travões Porsche, que nesta versão têm discos ainda maiores com cobertura em alumínio para reduzir o peso, e melhor ventilação para uma melhor consistência durante um maior período de tempo... ou seja, uma corridinha.

É aí mesmo onde o GT3 se sente melhor, a pista é o seu habitat natural. Para os mais extremistas há a opção por uma versão exclusiva dos travões de cerâmica PCCB.
Nada foi descurado, a aerodinâmica foi também melhorada conseguindo agora melhor estabilidade a altas velocidades, e o down-force aumentou para mais do dobro do que na versão anterior.

O Novo 911 GT3 será apresentado no dia 3 de Março na Exposição de Genebra e as vendas começarão em Maio, com um preço na Alemanha de 116.000€.
Mas quem pensa que é já quase impossível melhorar o 911, um modelo cuja produção começou em 1964, ou que a Porsche está “satisfeita” com o 997, o melhor 911 feito até à data... engana-se. Oferecemos aqui as primeiras imagens vídeo do futuro 998... a lenda continua.

Classe E Coupe

No início de Dezembro apresentamos um vídeo espia do novo CLK a lançar pela Mercedes em 2010.
Passado um mês temos mais novidades. O CLK quando foi lançado, era uma fusão, mas em carroçaria coupe, entre o Classe C e o Classe E, porque tinha como base a plataforma do Classe C e as ópticas do Classe E.

Na segunda geração deste modelo já não foi feita essa distinção, e o coupe perdeu aquele aspecto encorpado e robusto, para adoptar o design do Classe C, muito mais “frágil” perdendo todo o carisma. Passou a ser um coupe perfeitamente banal, que só ganhou alguma notoriedade na versão cabrio, com um design bem mais feliz, devido ao formato da capota mais fluído no “pilar C”.

A Mercedes apercebeu-se disso e irá apostar muito mais no prestígio e glamour do coupe, tal como faz no CL, e exemplo dessa aposta começa na nova designação do modelo... Classe E Coupe.
Apresentamos mais fotos espia do futuro modelo e como podemos verificar terá um design mais distinto e elegante, aproximando-se da fórmula do já referido CL, aspirando assim ter argumentos para rivalizar com o Série 6 da BMW.
Podemos então concluir que afinal a Mercedes não irá substituir o CLK, mas sim lançar um novo modelo.

As motorizações serão as utilizadas no novo Classe E com destaque para o 2.2 litros bi-turbo diesel de 204cv, o V6 de 3.5 litros, o V8 de 5.4 litros e o V8 de 6.2 litros AMG.
A apresentação será no salão de Frankfurt em 2009.

Vaticinamos que não tardará muito a lançarem um novo modelo que rivalize com o série 3 também de duas portas, possivelmente com a designação Classe C Coupe.

Jaguar XF Diesel S

Para não pensarem que somos fundamentalistas ou temos alguma coisa contra os diesel vamos falar do novo Jaguar XF Diesel, ficando o XFR com 510cv para daqui a uns dias, com um rival americano.
Quando foi apresentado em 2007 o Jaguar XF trouxe de volta à marca inglesa, então controlada pela Ford, o glamour e sofisticação do passado, colocando-se logo à partida no topo do design do segmento médio, mas ainda não era o concorrente à altura dos alemães, faltando a alma que às vezes faz toda a diferença... aquele motor especial.

Nas mãos dos indianos da Tata desde a Primavera de 2008 (como o destino é irónico às vezes), a Jaguar prepara-se para ser um caso sério no referido segmento. Com o lançamento do já referido V8 com compressor e 510cv mas principalmente com a versão diesel, que mesmo em Inglaterra representou 70% das vendas em 2008, os novos V6 de 3.0 litros turbo e bi-turbo irão colocar em sentido a Audi, BMW e Mercedes.
Comecemos então pelo design. Para além de muito mais bonito que o A6 e série 5, o XF foi um verdadeiro passo em frente em relação ao antecessor S Type, o que não sucedeu com o novo Classe E, como referimos nas nossas reportagens da sua apresentação. Com linhas desportivas e fluidas, a traseira vista de perfil traz à memória o fantástico Aston Martin V8 Vantage, sendo o resultado final quase um coupé de quatro portas... soberbo.

Como se não bastasse ser mais atraente, o XF é bem mais exclusivo, porque na versão diesel menos potente, ao contrário dos dois litros de quatro cilindros dos alemães, a Jaguar disponibiliza o V6 de 2993cc com 240cv com turbo de geometria variável, um binário de 500 Nm às 2000rpm, uma aceleração dos 0 aos 100km/h em 7,1 segundos, velocidade máxima de 240km/h, tracção traseira, consumo médio de 6,8 l/100km e um preço de 72.073€.

Mas a nova estrela é o Diesel S, com o mesmo motor mas com dupla sobrealimentação paralelo-sequencial, uma estreia em motores com arquitectura em V, existindo uma conduta transversal que reencaminha os gases de escape para o turbo maior, mas ao contrário do 3.0 da BMW equipado com um turbo de geometria variável mais pequeno para os baixos regimes, e um maior para os médios e altos regimes, o Jaguar utiliza um turbo de geometria variável de maior capacidade para os baixos regimes, e a partir das 2800rpm entra em acção um turbo de geometria fixa de menores dimensões, numa acção que demora 300 milisegundos conseguindo assim uma maior contenção nos consumos.
Segundo a marca “indiana” o turbo lag é quase inexistente, e com o sistema common rail de 3ª geração, com uma pressão máxima de 2000 bar, os novos injectores piezo garantem uma queima de combustível optimizada, melhor insonorização e emissões reduzidas, com 179 g/km de CO2.

Como resultado temos o melhor de dois mundos, uma potência de 275cv com um binário de 600 Nm às 2000rpm, uma aceleração dos 0 aos 100km/h em cerca de 6 segundos, velocidade máxima limitada aos 250km/h e um consumo de... os mesmos 6,8 l/100km do irmão. Só o preço é um pouco superior, 75.413€ para ser mais preciso.
A esta hora os engenheiros da Porsche devem de estar a preparar uma versão muito especial do 3.0 TDI para o Panamera... é bom que o façam porque ainda vão a tempo, porque no design...
Mas também convenhamos... ao lado deste Jaguar até o CLS parece um Seat Superb...

Fisker Karma

Em Setembro de 2007 a Fisker Coachbuild,LLC e a Quantum Technologies anunciaram uma parceria para assim formar a Fisker Automotive, com o objectivo de marcar a diferença não só na indústria automóvel mas também no ambiente. A Fisker Coachbuild será responsável pelo design e carroçaria enquanto que a Quantum Technologies fornecerá os mais evoluídos desenvolvimentos tecnológicos, nomeadamente em exclusivo o sistema híbrido “plug-in” (de ligar à tomada) denominado Q DRIVE.
Decidido a surpreender o mundo, Henrik Fisker desenhou e lançou o primeiro modelo da marca, um protótipo absolutamente fenomenal, primeiro veículo automóvel do segmento familiar de luxo com a possibilidade de funcionamento exclusivamente eléctrico, o Karma. Um espanto...

Doze meses volvidos foi apresentada a versão final no salão de Detroit, com pequenas diferenças no exterior, como a maior grelha frontal ou o novo difusor aerodinâmico traseiro, ficando o resto quase inalterado. E que resto... este quatro portas de alumínio é um híbrido muito especial, porque é composto por dois motores eléctricos de 201cv cada, alimentados por baterias de ion-lítio, e por um motor a gasolina da General Motors, um 2.0 litros Ecotec de injecção directa de 260cv turbinado, mas cuja única função é alimentar um gerador que recarrega as baterias dos motores eléctricos, para estes terem sempre energia. Quer isto dizer que ao contrário de outros híbridos do mercado, que quando queremos mais potência ou mais velocidade o motor a gasolina complementa o motor eléctrico, no novo Fisker a potência colocada nas rodas traseiras de 22’’ é sempre da responsabilidade dos motores eléctricos. Podemos ainda juntar a tudo isto um tecto com painéis fotovoltaicos para assim também aproveitar mais umas “gotinhas” de energia.

Segundo a marca americana, o Karma é capaz de chegar aos 100km/h em cerca de 6 segundos, e como velocidade máxima o valor de 201km/h. O motor tem dois modos de funcionamento, Stealth Mode e Sport Mode. No primeiro o veículo funciona no modo eléctrico com emissões zero com uma capacidade até 80km, e no segundo modo o motor a gasolina entra em funcionamento, totalizando uma autonomia de 480km.
A produção estará ao cargo da Valmet Automotive na Finlândia, com os mais de 1000 já pré-encomendados a começarem a ser entregues no final deste ano, e para os primeiros 99 exemplares a Fisker irá produzir o Karma exactamente igual ao protótipo de lançamento quer no exterior como no interior, e terão uma placa numerada com a assinatura do próprio Henrik Fisker.
Estima-se que a produção inicial será de 15.000 veículos por ano, e terá um preço base de 87.900 dólares nos EUA.

Está a ser criado um novo segmento na indústria automóvel, onde cada vez mais as pessoas têm a possibilidade de escolher qual a fonte de energia preferida para se deslocarem, mas penso que o mais atractivo neste modelo será mesmo o design. Claro que o motor eléctrico é uma escolha, mais do que tudo, inteligente, porque entram assim no mercado de forma distinta e moderna, mas não é ainda aquela escolha que fará o apaixonado pela condução perder a cabeça, e deixar de vez os motores a gasolina, mas ao associar esse tipo de tecnologia com aquela forma sexy é... irresistível. Ao contrário de um X6 por exemplo, que quem o compra só pensa no design, porque um X5 tem muito mais espaço, mais mala, mais confortável, tem 5 lugares, enfim, faz muito mais sentido, quem compra um Karma, é acima de tudo... consciente, porque é eléctrico. É genial.

Henrik Fisker lança assim um carro que para além de obra de arte... faz sentido. E não demorará muito para que as grandes marcas comecem a lançar as suas versões eléctricas e híbridas, mas se formos a ver bem, coloquem este motor do Karma no Série 7, Classe S, Audi A8, Porsche Panamera, Lexus LS, Jaguar XJ, Volvo S80... e digam-me uma coisa: qual é que escolhiam?
Olhem que a produção do Karma é europeia...

Geralmente eu acabava aqui a reportagem, com a frase mais profunda e tal... mas não posso. É que a função da Fisker Automotive é mesmo espantar o mundo automóvel, e para além da versão final do Karma, tiveram o desplante de lançar um novo protótipo.
Desta vez é a versão coupé/cabriolet, com tejadilho rígido retráctil, do Karma. É o Fisker Karma S, com o “S” de “Sunset”, mas devia de ser “S” de “Sorry”... não se faz.
Coloquem-no ao lado do SL ou do Ferrari Califórnia...
Sorry...





Porsche Cayenne Diesel

É com grande relutância que falamos do Cayenne Diesel. Não só por ser o primeiro diesel da história da marca alemã, mas também pela desilusão constante com que a marca nos tem brindado a cada lançamento de um novo modelo, sendo disso exemplo o Panamera já por nós apresentado.
A única desculpa que conseguimos encontrar, é aproveitar o facto de termos fotos espia do próximo Porsche Cayenne... e assim falar inevitavelmente do Porsche TDI...

Numa declaração oficial, a Porsche afirmou que a decisão de introduzir uma variante Diesel do Cayenne “foi a resposta à mudança de normas legais em determinados mercados europeus, resultando em incentivos fiscais para veículos com motores diesel”. A empresa também afirmou que “a nova posição da Porsche no Grupo Volkswagen, maior construtor de motores diesel modernos para veículos de passageiros, abriu novas oportunidades para utilizar a tecnologia diesel”.

Ficamos a aguardar ansiosamente pelo lançamento do 911 2.0 TDI de 170cv, que tem emissões de CO2 inferiores ao 3.0 utilizado no Cayenne, conseguindo assim ainda mais incentivos...
Sejamos claros! É óbvio que é tudo uma questão de números. A Porsche rendeu-se à força dos números a partir do momento que se lançou no mundo dos familiares de passageiros... o diesel era uma questão de tempo. Mas pelos vistos o ministro Mário Lino antes de pertencer ao governo estava na administração da Porsche, porque pouco depois do lançamento do Cayenne também disseram: “Diesel jamais...”

Claro que não tenho nada contra o diesel, mas tenho tudo contra os diesel na Porsche! A Porsche é uma marca declaradamente desportiva, desde 1931 que constrói modelos de estrada e de competição. Quem estiver preocupado com os custos do consumo do seu automóvel... que compre outra marca!!
Mas o pior de tudo isto não é só o facto de girarmos a chave com a mão esquerda e ouvirmos o clássico “clac clac clac”. Utilizar o mesmo 3,0 litros V6 de 240cv de potência e 550Nm de binário máximo fornecido pela Audi e já utilizado no Q7, sem qualquer tipo de upgrade por parte da marca de Estugarda é absolutamente inaceitável!...

A Porsche já é maioritária no Grupo VW, mas não se pode deixar “misturar”, tem que ter identidade própria, e é imperdoável que o primeiro modelo diesel da marca não seja algo verdadeiramente especial e desportivo, como o 3.0 litros bi-turbo da BMW por exemplo, e passe perfeitamente “ao lado” no mercado automóvel, passando a ser apenas mais um SUV a diesel...
Nem que tivesse 3 turbos mais pequenos!! Como quem diz: meus amigos entramos no mundo do diesel, tenham cuidado... tenham muito cuidado!
Mais uma desilusão da marca alemã.

Resta-me referir que este novo Cayenne vem associado a uma transmissão Tiptronic S de seis velocidades, anunciam um consumo médio de 9,3 l/100km e 244 g/km de emissões de CO2. Tem o seu lançamento confirmado para o próximo mês de Fevereiro na Europa estando a ser preparada a sua introdução noutros mercados, nomeadamente o americano, no início de 2010, conforme correrem as vendas dos Mercedes BlueEfficiency e dos Audi TDI. Em Portugal terá um preço de venda ao público a partir de 89.187 euros e de 56.436 euros na Alemanha.

Como prometido, apresentamos também imagens do futuro Cayenne, cujo interior como podemos confirmar é inspirado no Panamera, e esperemos agora que o exterior seja algo de original e apelativo, como a Volvo fez com o XC60 por exemplo.
Duvido...