Jaguar XJ

…AVISO
Caro leitor.
Antes de começar a ler esta reportagem pedimos que olhe primeiro para a foto de apresentação.
Faça-o mais uma vez…
Agora tome uma decisão importante.
Se gosta do novo modelo indiano não leia nem mais uma letra após o ponto final desta frase… porque irá ficar traumatizado… nós também ficamos.
…FIM DE AVISO.

O novo topo de gama da Jaguar foi apresentado hoje em Londres com um convidado muito especial, o incomparável Jay Leno.
O XJ é o expoente máximo tecnológico da marca “britânica” e vem tentar destronar os líderes de mercado germânicos… não será fácil.
Este novo “Jag” vem no seguimento da actual linha de novos modelos da marca, mais moderna e arrojada, como o magnífico XF e o desportivo XK.
O corte com o modelo anterior é quase total, apenas se mantendo a mesma tecnologia do chassis em alumínio e magnésio, conseguindo um peso final de cerca 1650kg, menos 250kg que o Classe S e o Série 7.

Com um coeficiente aerodinâmico de 0.29cx e motores potentes, as prestações prometem.
Comecemos então pelo design.
O segmento “Premium” é complicado de satisfazer.
Demasiado arrojo nem sempre é bem aceite, lembro a anterior geração do BMW Série 7 cuja traseira foi sempre polémica, tendo sido “corrigida” no novo modelo lançado no ano passado.
Começamos a apreciar as fotos e constatamos que a frente do XJ está muito bem conseguida, é moderna, agressiva e atraente.
Numa palavra… felina.

Mais bonita que a do XF… bravo.
Mas o pior vem depois.
Começamos a apreciar o seu perfil… e colocamos as mãos na cabeça…
Já vimos este carro antes!
Não pode…
Chegamos à traseira… e as dúvidas desvanecem…
Isto é uma cópia do Citroën C6!!!...

A desilusão é devastadora.
Já não bastava o Porsche Panamera?
Se o branco é o novo preto… o feio é o novo bonito??
Não temos vontade de escrever muito mais.

Virá equipado com o V8 de 5.0 litros já conhecido do referido XF, que na versão atmosférica debitará 385cv e na versão sobrealimentada terá dois níveis de potência, 470 ou 510cv. A versão diesel será o V6 de 3.0 litros bi-turbo com 275cv.

O potencial comprador poderá escolher entre a versão normal ou a 125mm mais longa, bem como quatro diferentes níveis de equipamento: “Luxury”, “Premium Luxury”, “Portfolio” e “Supersport”.
O interior é sem dúvida de excelente qualidade, com muita luz graças ao tecto panorâmico e com pormenores a registar como as saídas de ar metálicas, o engenhoso ecrã touch de 8’’ com comandos virtuais, painel de instrumentos também virtual, fantástico sistema de som e o comando da caixa de velocidades, completamente virado para a vertente Design.

A lista de opções será extensa e dispendiosa, tal como acontece com os rivais germânicos, mas não tanto com os japoneses da Lexus que já vêm carregados de equipamento.
Mas por muito bonito que seja o interior, nunca conseguimos ultrapassar o trauma do C6.

Este jaguar irá sofrer da mesma síndrome do Maybach.

Pagar o triplo ou quádruplo por um Classe S melhorado não faz qualquer sentido. Por mais de 500.000€ exige-se algo absolutamente exclusivo e excepcional.
Citroën C6 mais elegante?... Não obrigado.