A gama Mini continua a crescer… literalmente.
Depois do lançamento dos novos Coupé e Roadster chega agora o Countryman (ou será Crossman??) com uma distância entre eixos maior, cinco portas, suspensão mais alta e tracção às quatro rodas.
Se nos referidos Coupé e Roadster nos tínhamos queixado da pouca ou nenhuma operação cosmética na frente e traseira, podemos agora observar uma diferença nos grupos ópticos e na grelha… não quer dizer que esteja mais bonito, mas pelo menos está diferente.
Mas há algo que nos inquieta.

Hmm…
As cavas nas rodas a imitar os modelos A4 e A6 All Road da Audi ou da XC 70 Volvo são para proteger nas “saídas” todo o terreno. Mas para onde?
Reparem na foto com a modelo ao lado do Countryman para vermos a escala.
Só se for para subir um passeio… e se tiver uma rampa a gerência agradece.
Esta moda que começou com os SUV já começa a passar dos limites.
Ninguém pega num X5 e vai para o mato!...
Nem o caçador às 5 da manhã. Vai só pela estradinha de terra e quando a coisa começa a ficar mais complicada de buracos e montes… estaciona mesmo aqui que o resto faz-se bem a pé.

Acima de tudo os SUV, SAV e Mini SUV representam um estilo de vida.
Mas os Micro SUV como este Countryman representam o quê??
Não é pequenino e sexy como o Mini original.
Não cumpre os mínimos Olímpicos do X1 e do Q5 para criar alguma diferença.
É o quê?
Uma coisa não vai ser de certeza… barato.
E mais uma coisa.
Esperemos que o próximo Mini não seja um Sedan familiar de quatro portas seguido da Station… acompanhado da Monovolume.
Mais um Ícone a caminho da destruição.

A temporada de '87 marcou uma verdadeira revolução no mundo do rallycross.
Os carros de Grupo B haviam sido extintos dos ralis, mas não de toda a competição, e encontraram no rallycross o seu futuro e a sua verdadeira vocação. De facto, os monstros inguiáveis das estreitas estradas florestais, fizeram das pistas de terreno misto um autêntico recreio para pôr em prática toda a sua inquietude e mostrar ao mundo as suas diabruras.
Ainda mais leves e mais potentes que os "originais" Grupo B, com as cavalagens a atingirem os 700 cavalos(!!!) e 2,4 segundos dos 0-100km/h, o equilíbrio dos Peugeot 205 T16, Ford RS200, MG Metro 6R4, Lancia Delta S4 e Audi S1 era impressionante.
Mas a revolução não se fica apenas pelo parque automóvel.
Como a igualdade de andamentos era enorme, também os pilotos encararam o rallycross de forma diferente. Ninguém parecia querer abdicar de estar na frente na 1ª curva fosse nas qualificações ou nas finais e logo aí ficava sempre alguém pelo caminho, quando não eram quase todos... ou mesmo todos! O fim das corridas mais ou menos monótonas estava estabelecido e com provas plenas de emoção e momentos de "frisson" estava encontrado o verdadeiro espírito da modalidade e o que mais a popularizou.
Os anos de ouro do rallycross começavam aqui!

O Peugeot RCZ irá estrear o novo símbolo em modelos de produção da Peugeot.
Focada num futuro com modelos mais dinâmicos e arrojados como demonstra o protótipo SR1 Concept que será apresentado no Motor Machines brevemente, a marca Francesa irá proceder a uma revolução em toda a sua filosofia estilística, não podendo por isso deixar de fora o seu Leão, que como podemos confirmar pelas fotos, conta já com uma longa história e evolução.

Era um Domingo de 1994, possivelmente de Maio. Estava em casa a ver tv, como em qualquer típico Domingo, quando ao fazer zapping e a passar pela TV2 (ainda se chamava assim) reparo que na programação do TV2 Desporto iria ser transmitida em directo uma tal prova de "Automobilismo - Europeu de Ralicross (Lousada)".
Sem nunca antes ter visto nenhuma dessas provas muito menos em directo, fiquei colado à espera que o espectáculo começasse. Deveriam ser umas 16h00 quando iniciou e desde logo pude ver um monstruoso Citroën ZX de um tal Kenneth Hansen, a andar como nunca antes havia visto um carro a andar, e depois um Citroën Xantia, e mais um Subaru Legacy, uns tantos Escorts e mais uns quantos "monstros" do dia-a-dia de cavalagem e apêndices aerodinâmicos deveras avantajados mas muitissímo bem conseguidos. Um verdadeiro regalo para a vista! Durante cerca de uma hora brindou todos os que assistiram com um magnífico show de máquinas, barulho, derrapagens, ultrapassagens e.. acidentes.. muitos muitos muitos! Enfim, todos os condimentos para uma prova de automóveis entusiasmar qualquer comum mortal.
Com os comentários a cargo de Pedro Gil de Vasconcelos (como sempre acontecia com as transmissões da RTP), bem ao jeito de um relato do Murray Walker (aquele senhor de sotaque inglês que está por detrás de grande parte dos vídeos inesquecíveis do automobilismo), a "Final A" da divisão 2 lá começou e os comentários do Pedro eram algo como isto.. "..na primeira linha temos o Citroën ZX de Kenneth Hansen, carro que debita cerca de 500 cavalos e o Ford Escort RS2000 do exuberante Martin Schanche com cerca de 520 cavalos, na 2ª linha o Citroën Xantia oficial do campeão em título Jean-Luc Pailler, uma autêntica bomba, e o Subaru Legacy de Per Eklund, um homem que veio do mundial de ralis e que aqui tem que dominar os 600 cavalos do seu Subaru!!!! Atrás o Peugeot 309 T16 de Will Gollop e o Audi de Tommy Kristofferson.." Promete e ainda nem começou! .."Partida. Hansen está na frente de Pailler para a travagem, Schanche mete por dentro, os 3 carros a par, há um toque.. duas rodas.. Schanche capota.. Fantástico!! A prova continua, Pailler a pressionar o homem do ZX.." e depois de 6 voltas e uns quantos "enrolanços" e "engasganços" de um Pedro por certo tão fascinado quanto eu devido às trocas de líder constantes e toques, a prova termina ganha pelo "living-legend" Kenneth Hansen no ZX. O espectáculo não só prometia como superou todas as expectativas, e mais que convenceu um já jovem fã incondicionável, exigente e "esquisito" destas coisas dos automóveis. Aos 10 anos o Rallycross foi a minha primeira verdadeira paixão!
Autênticas máquinas, com pilotos destemidos e agressivos, que durante as poucas 6 ou 7 voltas a um circuito com 1km, misto de terra e asfalto, dão o tudo por tudo sem olhar a despesas.. o Rallycross, mais concretamente o campeonato europeu da modalidade, é quanto a mim o evento de maior emoção desportiva de todo o automobilismo.
Por tudo isto irei dedicar a este desporto-rei o merecido tributo juntando os melhores vídeos desde que a modalidade se profissionalizou até aos dias de hoje.
Espero que gostem tanto ou mais que eu..

O Motor Machines irá participar na 2ª edição dos Super Bock Super Blog Awards, onde são celebrados os melhores blogs de Portugal e de Angola.

Os blogs inscritos nas diversas categorias ficarão a votação do público de 24 de Fevereiro de 2010 a 24 de Março. Os 5 Blogs finalistas serão analisados pelo Júri de 25 de Março a 5 de Abril de 2010 que seleccionará o melhor Blog por categoria, ao qual será atribuído um prémio de 75€… que dá para encher o depósito!!!...
Não… tem que ser dividido por todos os colaboradores do blog…

O vencedor do Super Blog será escolhido pelo Júri de entre todos os vencedores das categorias temáticas, a quem será atribuído um prémio de 1.500€.

O Júri irá também reconhecer o Blog Revelação e o Blog com o Melhor Design.

Toca a votar no Motor Machines!

E quanto ao júri… queremos salientar a imparcialidade e independência das nossas críticas.
Por isso afirmamos hoje… se conduzir não beba… Sagres!!

Também sou adepto dos desportos motorizados “old school”, pouca ajuda electrónica mas umas unhas muito afiadas e uma dose de loucura ou coragem como queiram chamar. Nomes como Paul Radisich no seu Ford Mondeo, Alain Menu com o Renault Laguna amarelo, Rickard Rydell com o seu Volvo 850 voador, o grande Tiff Needell com Nissan Primera e um tal de Gabriele Tarquini que actualmente só é o campeão mundial de WTCC e que me fez sonhar em ter um Alfa 155, entre muitos outros nomes com carros ditos “vulgares”… e o que dizer dessas corridas frenéticas e electrizantes de nos colarem ao pequeno ecrãn, sim na altura as TV’s eram pequenas (!), ah e tinha de ser tv com parabólica, os relatos SIM relatos que os comentadores ingleses faziam com um ênfase contagiante! Aqui ficam uns apanhados da época de 1994, vibrem!  

É por estas e por outras que gosto de viver no passado, embora sem ter bem a consciência do que vivi desses tempos.
Tempos de mudança e prosperidade a década de 80 foi sem dúvida alguma aquela que mais marcou na história recente da humanidade e a que melhores recordações traz quanto a mim (mesmo tendo nascido em 84). Altura de uma música nunca mais produzida e duma qualidade de vida inigualável (mesmo sem contar com as actuais facilidades e tecnologias) também nos automóveis deixou a sua marca contemporânea.
O primeira ano da década marcou de facto os ralis para sempre. O Audi Quattro, primeiro veículo de tracção integral nos ralis, desde logo teve o sucesso natural, que as leis da física e mecânica o exigem. Mas antes e durante muito tempo, enquanto os Grupo B não se tornavam os supercarros, outros carros e pilotos iam deixando também a sua marca.
É sempre com um olhar fascinado que revejo um Toivonen no Talbot Sunbeam, ou o Vatanen no Escort MK2 (o único carro que guiou verdadeiramente), ou o Walter Rohrl no Opel Ascona (leia-se ÁÁÁÁÁSCUNA), ou o Manta do Russell Brookes, ou o Celica do Kankkunen ou Waldegaard.. enfim podia ficar aqui o dia todo a inumerar estes heróis nestes magníficos automóveis sempre de lado e perna da frente alçada, para tentar impedir o Audi de ganhar mais uma vez. Apenas o Lancia 037 o conseguiu com um pouco mais de sucesso, antes de se render aos supercarros também, e mais tarde aquando dos "monstros" o Renault 5 Maxi Turbo (e convém frisar Maxi) do Jean Ragnoti que brilhou na fatídica Volta à Corsega de 86 (mas esse só nunca foi campeão do mundo porque nunca ninguém quis).
E com o desaparecimento dos monstros e da Audi, os heróis das atravassadelas lá ressurgiram, e é com os mesmos olhos de fascínio com que vejo o Jimmy McRae no Sierra, ou o Patrick Snijers ao volante do M3, ou o Alfa 75 de Yves Loubet, só pra citar alguns...
Tempos em que tudo era mecânica e não havia tanto profissionalismo (só por isso melhor), mas a paixão, dedicação e espectáculo era muito superior..
Recordar é mesmo viver!

Aos heróis das atravessadelas, o merecido tributo

Assim começa 2010.
Em grande... salto de 81,99 metros.
Recorde Mundial.
Para quem questionar... porquê fazer um salto inútil mas que nunca ninguém conseguiu?
Nós respondemos... porque não fazer um salto inútil e que nunca ninguém conseguiu?
Nem tudo na vida tem que fazer sentido.
Bom ano.