RUF CTR3

Calma. Não vou começar a apresentar modelos tuning senão tínhamos que formar outro blog só para este tema, porque são tantas marcas e tantos modelos novos que saem quase todos os dias, que não fazíamos outra coisa. Este não é um modelo modificado só no motor e noutros componentes mecânicos e aerodinâmicos. As transformações na carroçaria são tantas, que se pode dizer mesmo que é um modelo totalmente novo, e estilisticamente único.

Estou a falar do RUF CTR3 (Carrera Turbo Ruf 3), concorrente do não menos assombroso 9ff GT9, de que iremos também falar brevemente.

Durante mais de 60 anos o nome RUF foi associado à indústria automóvel sendo sinónimo de qualidade e artesanato. Tudo começou em 1939 quando Alois Ruf formou a sua companhia, Auto RUF, como uma garagem de serviço geral. Hoje esta mesma empresa ainda opera no seu local de origem na Rua Mindelheimer na pacata cidade de Pfaffenhausen no sul da Alemanha.

A agora denominada RUF Automobile GmbH é produtora de veículos de alta performance, procedendo à optimização e refinamento de modelos Porsche, e um construtor oficial por direito próprio.

Depois do CTR Yellowbird há 20 anos, e do segundo CTR 10 anos mais tarde, A RUF presenteia-nos agora com um modelo que, segundo eles, é 30% Porsche e 70% RUF. Ao contrário dos dois modelos anteriores, este tem motor central que proporciona um excelente equilíbrio de massas e a maior distância entre eixos e vias mais largas providenciam uma maior estabilidade. O CTR3 tem uma carroçaria em aço galvanizado, alumínio e um compósito de Kevlar-carbono, uma aerodinâmica desenvolvida para altas velocidades sendo 12 cm mais baixo que o 997 turbo, de quem herda a frente, para assim não terem que destruir um modelo num crash test para passar nas normas de segurança.

Com uma experiência de 30 anos de motores boxer turbo, a RUF optou por dotar esta versão com dois turbos normais em vez dos VGT, cuja temperatura é mais difícil de controlar com o consequente aumento de potência, conseguindo um equilíbrio perfeito de potência/performance, anulando por completo qualquer tipo de turbo lag.

Como resultado, o boxer de 3,8 Litros tem uma potência de 700cv às 7,000 rpm, um binário de 890 Nm às 4,000 rpm e com uma caixa sequencial montada transversalmente de 6 velocidades, capaz de aguentar até 1160 Nm, 1475 kg de peso, um diferencial autoblocante, travões de cerâmica de 380 mm, ABS especialmente desenvolvido pela Bosch, jantes de alumínio com pneus de 255/35 ZR 19’’ na frente e 335/30 ZR 20’’ na traseira, consegue deixar o Carrera GT a chorar de solidão. Porque com uma aceleração de 3,2 segundos dos 0 aos 100km/h e uma velocidade máxima de 375 km/h, nenhum membro da família de Stuttgart o consegue acompanhar.

O interior pode ser personalizado de acordo com o gosto do cliente, com opção de mais desportivo ou mais luxuoso, com acabamentos em cabedal e alcântara, mas com a ausência de vidro traseiro nunca deixamos de ter a ajuda de uma câmara, e é essencial desligar o monitor da consola central para pararmos de rir da cara de espanto de quem vê o Batmobile passar.
Com tudo isto quase me esquecia de dizer o preço... snif snif... 420.000 € na Alemanha.


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