Tinha chegado o dia que muitos aficionados tanto esperavam, "O dia 3 de Setembro tinha nascido". A invicta estava preparada e pronta para receber os Magníficos pilotos da Red Bull Air Race World Series. As máquinas voadores tinham chegado ao Norte de Portugal, mais propriamente ao aeródromo de Vilar de Luz - Maia (LPVL). A contar com o mar de gente que encontrei, antevi que este ano, o número de apaixonados e curiosos deste evento iria superar largamente o valor do ano transacto – uma assistência de 600.000 pessoas.No Porto, o primeiro dia de treinos oficiais nasceu com o alerta amarelo decretado pelo Governo Civil. A chuva intensa e o vento irado fizeram que a sessão marcada para a manhã fosse adiada para as 5 da tarde. No entanto, nesse dia, ninguém atravessou as portas artificias que embelezavam o Rio Douro. Fez-me pensar que o S. Pedro estava magoado por não ter sido o escolhido para santo padroeiro desta bela cidade.Já o dia de qualificação se caracterizou por ser um dia risonho, com o sol a estar presente todo o dia. Percebeu-se que o santo padroeiro em causa fez as pazes com as 350.000 almas que visitaram a Invicta nesse dia!!! Neste dia entusiasmante para quem viu em loco as maiores acrobacias a rasparem as águas tranquilas do Douro. Steve Jones, que o ano passado venceu esta etapa, ficou arredado da "Super Oito" por ter feito o 9º melhor tempo da qualificação, passando assim para a sessão designada "Um Ponto". Steve Jones afirmou que a prova é simples no entanto é muito rápida, fazendo com que os tempos conseguidos pelos pilotos fossem muito semelhantes. Adiantou ainda que para ele a prova deveria ser mais longa, podendo começar mais próxima do Oceano Atlântico. Um dos pilotos mais acarinhado nestas andanças (e percebi porquê) é o húngaro Peter Besenyei. Este piloto que conseguiu em 2007 o lugar mais baixo do pódio, caracteriza-se por uma boa disposição contagiante e uma amabilidade fantástica.O dia da corrida, acordou com a noticia de que Paul Bonhomme tinha passado para o ultimo lugar, por ter ultrapassado os 12 G´s nas qualificações, deixando desta forma o caminho livre para o seu mais directo concorrente na luta pelo 1º lugar deste ano, Hannes Arch.
Arch teve um dia brilhante, perante 650.00 pessoas. Começou com o segundo melhor tempo conseguido no dia anterior nas qualificações, o melhor tempo foi conseguido pelo piloto Kirby Chambliss. A saga continuaria com Harch a bater na meia-final o Mangold. A outra meia-final foi entre Chambliss e Steve Jones (que beneficiou com a passagem de Paul para a sessão Um Ponto), na qual o primeiro piloto bateu o seu concorrente por 1s. Na final Hannes Arch foi demolidor, fez o melhor tempo de sempre na cidade do Porto 1'07''00, batendo o piloto que tinha conseguido o melhor tempo na qualificação – Kirby Chambliss.
Desta forma Hannes Arch está a um ponto de ser o campeão da Red Bull World Series 2008, que contará com a derradeira prova na Austrália, mais propriamente em Perth.Sem dúvida que esta prova está muito bem colocada para o próximo ano ser novamente uma corrida do Red Bull World Series. A organização foi fantástica, não se deixou nada ao acaso. Desde condições de segurança, acessibilidades, hospitalidade e muitos mais pormenores que só os entende quem vive por dentro este evento.
Sem duvida sabemos receber e organizar!!!